quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mercedes suspende contrato de 1.500 empregados no ABC


Medida ocorreu devido queda nas vendas e produção de caminhões.

Em um acordo feito com Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Mercedes suspende contrato de 1.500 empregados devido a queda de 9,2% nas vendas de caminhões nos primeiros quatro meses do ano e 30% na produção, de acordo com números divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), fabricantes e trabalhadores negociam para evitar demissões. A Mercedes-Benz e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC assinaram nesta terça-feira (29) um acordo para suspensão temporária do contrato de trabalho de 1.500 empregados da unidade produtora de caminhões da companhia em São Bernardo do Campo. A medida durará até cinco meses e será de 18 de junho a 11 de novembro.

Volkswagen, a Scania e a Ford já realizaram acordos para reduzir a produção e evitar demissões nas unidades produtoras de caminhões. A Volkswagen suspendeu a produção por nove dias desde o início do ano, a Scania criou um banco de horas para paralisar a linha de produção em 20 dias até o final do ano e a Ford prevê a suspensão da produção em 40 dias em 2012. Em abril, a Ford deu férias coletivas de dez dias.
Essa queda nas vendas e produção é devido, segundo a empresa e os sindicalistas, à mudança nas regras de emissões do Euro 3 para o Euro 5, entre 2011 e 2012, que gerou uma forte antecipação nas compras de veículos no final do ano passado. Os preços dos caminhões sob as novas regras de emissões subiu 15%. Além disso, houve um aumento no preço do diesel para seguir os novos padrões, e ainda houve uma queda na demanda de caminhões devido a safra de grãos que ficou estável no País.
Segundo o vice-presidente de recursos humanos da Mercedes-Benz do Brasil, Fernando Fontes Garcia, a suspensão dos contratos deve ser suficiente para evitar possíveis demissões e a companhia aposta na retomada do ritmo de produção no segundo semestre. "Além da preocupação social, há ainda a preocupação da companhia de perder pessoas com formação qualificada, o que não é bom."
Já nas outras duas unidades da Mercedes não estão sendo avaliadas a adoção de medidas semelhantes, pelo número bem menor de funcionários. Em Juiz de Fora, no entanto, foram concedidas, 10 dias de férias coletivas em abril e mais cinco dias de folga na semana passada. Já na unidade de Campinas, não houve paralisação na produção ainda neste ano.

Fonte principal da matéria g1.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares